quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Minhas coleções...

Abri meu baú
Cheio de teias e pó
 Arranquei tudo de dentro
Todos os meus guardados
Os meus tolos pensamentos.
Minha hipocrisia
Meu medo de pecar
Meu sonho de paraíso
Meu modelo de inferno.
Abandonei minha quimera
Arranquei espírito e alma,
Aquelas estórias de pai do céu
De homem coroado de espinho.
Joguei fora umas coisas
 Uma vela, uma cruz, a devoção
 Um cordão cheio de contas
Meu delírio, minha ilusão!
Tava tudo apodrecido
Cheirando a alucinação.
Fechei de volta o baú
 Nele não vou mais guardar
Utopias, mentiras ou amuletos.
Vou enchê-lo de verdades
E armazenar conhecimento.
Não adianta me julgar
Já joguei fora a culpa
De jogar tudo pro ar!


(Joana Maria)(01/09/2010)


2 comentários:

Anônimo disse...

Joana , oi que legal te encontrar aqui tb , mas sabe estou na correria hoje nem da muito para ler blog , volto depois .. passei mesmo só para deixar um "Oi" ...

Thales Lenin disse...

Eu gostei muito do que você escreveu, significou e representou para mim. Não que eu diga que isso foi intencional, mas sim relacional.

Por mais que deixemos os nossos baús vazios de falsas esperanças, sem nenhuma verdade e sem nenhuma ilusão, não nos faltará nunca a orientação, pois o próprio vazio do baú sem verdade e sem ilusões já constitui uma verdade.

Uma bela verdade, mas que não agrada aos olhos e ouvidos de todos.

Continue com o bom trabalho.