terça-feira, 27 de setembro de 2011

Meu pequeno Édem!

Me vi nua em um jardim
Expulsa do paraíso por mim.
Mas a serpente; Não sei
Acho que eu mesma a convidei.
Não queria mais ficar
Sempre olhando àquela árvore,
Sem poder tocar.
Provei do fruto e não morri
Acho até que renasci!
Despi todo o meu pudor
Sou de mim o meu senhor.
Expulsei deus do Édem
Assim que ouvi seus passos.
Meu Genesi escreverei
Meu próprio Édem, criarei
Nele não vou colocar
Árvore do Mal do bem
Não te farei de refém
A serpente pode entrar
Mas é muda, não pode falar
O meu Édem não é perfeito
Mas será sempre desse jeito
Aqui tem que plantar pra comer
Tem que lutar pra vencer
Tem que correr pra chegar
Tanto pode perder como ganhar
Só depende de você.
Não te encho de ilusão
Nem quero adoração.
Eu aprecio a liberdade
Sou isenta de maldade
Minha ira não se inflama
Não mato quem não me ama
E nem afogo as crianças.
Não tenho fé, só esperança.
É bom viver por viver
Pois um dia vai morrer
Saiba que não há nada eterno,
Não te prometo o céu...
Nem te mando pro inferno!


(Joana Maria)

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